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Palavra da Presidente |
Colegas trabalhadores, o que vocês querem para o seu futuro?
Crise política e econômica nacional...
Falência do Estado do Rio de Janeiro...
Terceirização sem limites...
Reforma Trabalhista...
E nesse passo, logo também a Reforma da Previdência...
Estamos vivendo tempos difíceis. Não podemos mais insistir em agir como sempre fizemos. Não podemos virar o rosto e fingir que isso não é problema nosso.
Agora, ou mudamos e encararamos esses problemas de frente, ou nos sujeitamos a tudo o que estão fazendo conosco, chorando às escondidas enquanto rezamos para que sobre o suficiente de nosso salário para pagar a escola de nossos filhos depois que quitarmos todas as outras contas do mês, ou pior, para não sermos mandados embora quando a empresa contratar um terceirizado para o nosso lugar.
Serei a primeira em admitir - Erramos. Faltou-nos visão para enxergar as novas dificuldades que se aproximavam. Faltou-nos ousadia para mudar.
Eu e meus colegas membros da atual diretoria do SINEESPAC nunca gostamos de repetir o discurso de “Classe trabalhadora X Empresários”. Sempre achamos que o caminho era a negociação, a conciliação, a aliança para preservar empregos e alcançar melhorias para ambos os lados. Essa postura nos trouxe algumas conquistas, e conseguimos manutenção dos benefícios mesmo em época de grave crise.
Mas essas reformas atiçaram a cobiça de grande parte dos empresários. O discurso do “diálogo” não tem mais a mesma força, e muitos inclusive acreditam que o sindicato irá acabar e que eles poderão fazer o que bem entenderem com os trabalhadores.
PRECISAMOS SER MAIS FORTES!
E o único verdadeiro caminho que temos para isso é a UNIÃO!
Quando digo isso, não falo apenas para soar bonito. Um trabalhador sozinho não tem meios para negociar um acordo justo com o patrão. Talvez funcione em uma empresa pequena, ao menos até certo ponto, mas cedo ou tarde mesmo essas empresas terão de mudar, pois precisarão se ajustar a concorrência e práticas adotadas pelos grandes grupos do setor.
É uma lógica simples de explicar: Quanto mais trabalhadores estiverem conosco, menor será a preocupação com possíveis represarias das empresas contra os empregados, pois há uma diferença entre tentar ameaçar 10 pessoas e tentar ameaçar 100 ou 1000. Portanto, poderemos ser mais insistentes e pressionar por mais conquistas.

Exemplo de negociação que várias das empresas desejam
SINDICALIZAR-SE É LUTAR POR DIGNIDADE!
Para mim, um dos maiores enganos que os trabalhadores do Brasil possuem em relação aos sindicatos é enxergá-los como uma entidade com vontade própria, que funcionam sozinhos. Eu gosto de imaginá-los da seguinte forma:
Sindicatos são ferramentas que pertencem aos trabalhadores. Abandonados, apenas irão juntar poeira. Para que cumpram seus objetivos, os trabalhadores precisam ser ativos e manuseá-los corretamente.
- O primeiro passo para isso é se tornar sócio do sindicato.
Ser associado é entender que nada nos será dado de bandeja. Temos de levantar, nos unir e batalhar para conquistar aquilo que merecemos.
- O segundo passo é ser um contribuinte ativo.
Não me refiro apenas à mensalidade, mas também a todos os outros tipos de contribuição: contribuir com ideias, participação e determinação para lutar e vencer!

Cada um dos avanços alcançados pelos trabalhadores foram frutos de intensa mobilização coletiva. Foi dessa maneira que os sindicatos fizeram história e trouxeram para o mundo do trabalho muitas das principais conquistas que hoje são benefícios dos trabalhadores, como o vale-transporte, o 13º salário, a jornada específica e a Participação nos Lucros e Resultados (PLR), entre tantos outros.
A sindicalização é um direito do trabalhador e um verdadeiro exercício de cidadania. É lutar por condições dignas de trabalho e de vida.
Por tudo que foi dito, convido os colegas empregados em laboratórios para se juntarem ao SINEESPAC, pois essa luta é de todos nós!
Um fraterno abraço,
Gisele Rocha de Figueiredo
Presidente do SINEESPAC